Festa de Todos os Santos
Recebemos em nossa Celebração Dominical o Reverendo Josias Pereira, pastor da Igreja Metodista e Deão da 
Faculdade de Teologia da UMESP. Ele foi especialmente convidado para ser o pregador na Festa de Todos os Santos. O Reverendo Arthur Cavalcante, Reitor da Paróquia, lembrando a herança comum entre metodistas e anglicanos, citou a grande apreciação de John Wesley pela Festa de Todos os Santos registrada nos diários desse sacerdote anglicano sobre o Calendário Litúrgico Cristão.
Leiamos abaixo o Sermão do Reverendo Josias Pereira para o Dia de Todos os Santos:
O CÂNTICO DE UMA NOVA IGREJA
Introdução
Ao referirmos à NOVA IGREJA, não pretendemos forjar idealisticamente uma Igreja extraordinária, fora do contexto presente.
Pretendemos, sim, uma atualização consistente de igreja que, por estar devidamente contextualizada, é a NOVA IGREJA. Nova porque vive e vivencia a realidade, no tempo e no espaço em que está acontecendo. Essa igreja é verdadeiramente evangélica porque vive o NOVO que é presente. Não é saudosista, nem escatológica, é presente no aqui e agora.
Ao comemorarmos a Reforma, estamos comemorando o novo, pois, Igreja Nova, sempre renovando, já dizia Lutero.
Também ao relembrarmos os Santos Pais e Mães da Igreja estamos renovando, a partir da memória, pois “O Senhor deu-lhes uma glória abundante, desde o princípio do mundo, por um efeito de sua magnificência.( Eclesiástico 44.2)
Ao chegar finados veneramos aqueles e aquelas que nos legaram a condição de estarmos hoje reconstruindo o mundo. É o novo de Deus a renovar a vida.
I – Compreendendo o NOVO
Na visão existencialista, o novo não é algo que virá – o novo é o que chegou. É o aqui e agora.
O novo é bom porque é o que está sendo, é o que estamos vivendo.
Como a vida é um “continum”, o novo se faz a cada instante.
II – Evangelho é a Novidade – Boa Nova
É o novo de Deus presente na História. A igreja, enquanto comunidade é EVANGELHO, porque revela o Cristo presente.
Mas enquanto revelação do Cristo presente, a Igreja é também anúncio de uma nova vida.
Mas o Evangelho, que é boa nova, só se concretiza pela vivência. Daí, entendê-lo como TESTEMUNHO. A resposta humana ao Evangelho é o testemunho da fé, eu vivo porque Ele vive. A mensagem evangélica é mensagem de vida. Portanto, não se dá testemunho, vive-se a fé.
III – A Nova Igreja
Por estar aqui e agora, a Igreja não é tão somente aquela que está no presente, mas, sim, aquela que está PRESENTE. Por estar presente está inserida no contexto. Ela é nova e recebe o mundo com todas as suas vicissitudes. Precisa entender o mundo, inserir-se nele para transformá-lo, para ser EVANGELHO.
A nova Igreja é evangélica porque vive a vida pela fé e amor no presente e por isso anuncia o futuro, que já começou, remetendo a beleza e certeza do presente a um futuro interminável que é a vida eterna.
CONCLUSÃO
- Que o novo de Deus se faça efetivamente presente em todos nós. É O EMANUEL!!!
- Que rememorando os Santos Pais, recordando o evento Reforma, intercedendo por aqueles e aquelas que sofrem as agruras das discriminações, enfermidades e pobreza seja oportunidade suficiente para vivermos e vivenciarmos a NOVA IGREJA QUE CANTA.
- Que a vivência do novo, que é o presente, possa servir de bases para CONSTRUIRMOS o futuro, que é a igreja que por ser nova está sempre renovando.
Visita do Deão da Faculdade de Teologia da Universidade Metodista de São Paulo.