Trindade faz homenagem a Anivaldo
Ele é um homem simples. É também um cientista social. Conhece, como poucos, a arte de ler as entrelinhas da história. Nela, distingue as contradições e os conflitos que constituem o núcleo existencial da sociedade. Dentro de suas características, consegue influir para que os conflitos não se transformem em violência, em ódio, em destruição da vida.
Por causa de seu compromisso com a causa da justiça e da paz, Anivaldo Padilha foi preso político. Sofreu terríveis torturas no DOI-COD.
Em testemunho que registrei recentemente, disse-me que _ estando na sala de tortura, dominado por vários algozes_ conseguiu acumular forças morais e espirituais para resistir. “Se tantos me mantêm sob controle, eu sozinho, é porque Deus está comigo”, pensou e enfrentou os inimigos da humanidade.
Foi incompreendido, inclusive por outros denominados “crentes”, os fariseus não o deixaram em paz. E o caluniaram e escarneceram.
Ao chegar aos 70 anos, Anivaldo merece toda a nossa homenagem por tudo o que tem feito ao serviço da vida plena para todos e todas.
Antes de tudo, demos graças a Deus. Tomo a iniciativa de sugerir esta oração:
“Senhor Deus do universo,
Pai e Mãe de todos os seres humanos.
Pela vossa bondade, permitistes que nosso irmão
Anivaldo Padilha pudesse existir para promover
a vida e para profetizar
diante das estruturas e das situações injustas.
Vós o livrastes das garras da diabólica ditadura.
E vós garantistes que pudesse seguir ao vosso
propósito de fazer do ser
Humano vossa imagem e semelhança.
Por tudo isso, Senhor, nós vos damos graças.
E pedimos vossa benção para ele e para
toda sua família.
Por Jesus Cristo, Nosso Senhor,
Amem!”
Dermi Azevedo.